Pequenos prazeres
Sentamo-nos. Normalmente sempre na mesma mesa. Não precisamos de pedir porque o senhor dos óculos já sabe que é um café (ou dois) e outro "sem princípio" para a mãe. Nunca se esquece do meu copo de água e nem nos passa o papel com o valor a pagar, como com as pessoas que não conhece. Chegamos ao balcão, dizemos o que consumimos e pagamos exactamente isso. Às vezes trazemos pão, ou uma caixa de bolos e o senhor que recebe o dinheiro nem faz ideia do que vem dentro do saco. Confia. Acontece num café em Mem Martins por onde passam centenas de pessoas, todos os dias. E sinto-me como numa aldeia pequena onde ainda sabem quem sou. O café não é sempre bom, mas a atenção faz a diferença.
1 comment:
Literalmente, eu moro numa aldeia (uma aldeia mesmo à séria onde veio a banda dos bombeiros tocar qd se inaugurou o 1º multibanco, há uns 2 anos, onde ao domingo há feira na rua e onde n ha posto dos correios, nem banco, nem posto de saúde, nem igreja (ou melhor só há a evangélica), nem...).
Enfim, o sr do cafe conhece-me desde sempre e qd n tenho trocos no bolso ele diz "deixa que depois pagas". Vou todos os dias de manhã tomar o meu café e quase todos os dias uma vizinha diferente o paga. às vezes há duas a querer pagar. è o q dá ser da aldeia e as pessoas conhecerem-me também desde sempre. é o q dar ser a filha da "menina Olga"(a minha mãe é eternamente a menina Olga) da lojinha ali ao lado. As pessoas conhecem, confiam, gostam, mimam (e falam de tudo, claro está, como em qualquer aldeia que se preze).
beijinhos, bom fdsemana!
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