pele e lábios
[post com banda sonora: pôr a tocar talvez seja primavera ou primavera tardia]
queria-lhe a pele como se disso dependesse a vida. não importa que se tivessem cruzado ontem ou que não se vissem há um mês, sonhava-lhe o cheiro, o sabor, o toque macio da pele que arde em temperaturas que a química não explica. ela ria-se de cada vez que ele abria a boca para falar, como se as palavras ainda não ditas tivessem sido inventadas para os momentos em que ela o quisesse encher de sorrisos. no ar, uma tensão palpável de lábios que nunca ou quase se tocavam, de mãos que teimavam em entrelaçar-se quando o mundo parava no exacto momento em que se procuravam com o olhar. cada movimento era pensado ao pormenor. queria sentar-se o mais longe possível, fugir-lhe do campo magnético que a fazia esquecer argumentos, razões, defeitos, probabilidades... por mais voltas que desse, voltava sempre lá, a aninhar-se à distância mínima de um roçar de pele ou das investidas desafiadoras de um toque de lábios. na lista de príncipes encantados ele teria ficado de fora. se houvesse supermercado de homens, estaria entre os artigos defeituosos a 99 cêntimos com oferta de baton para o cieiro, três pares de collants e um kit de sobrevivência, só para ver se desamparava a loja. e mesmo assim, hoje as prateleiras pareciam-lhe todas vazias, como se o mundo ainda não se tivesse apercebido que nenhum outro trazia incluído a perfeição daquela vontade irresistível de pele ou do quase imaginável perfeito sabor daqueles lábios. arriscaria?
queria-lhe a pele como se disso dependesse a vida. não importa que se tivessem cruzado ontem ou que não se vissem há um mês, sonhava-lhe o cheiro, o sabor, o toque macio da pele que arde em temperaturas que a química não explica. ela ria-se de cada vez que ele abria a boca para falar, como se as palavras ainda não ditas tivessem sido inventadas para os momentos em que ela o quisesse encher de sorrisos. no ar, uma tensão palpável de lábios que nunca ou quase se tocavam, de mãos que teimavam em entrelaçar-se quando o mundo parava no exacto momento em que se procuravam com o olhar. cada movimento era pensado ao pormenor. queria sentar-se o mais longe possível, fugir-lhe do campo magnético que a fazia esquecer argumentos, razões, defeitos, probabilidades... por mais voltas que desse, voltava sempre lá, a aninhar-se à distância mínima de um roçar de pele ou das investidas desafiadoras de um toque de lábios. na lista de príncipes encantados ele teria ficado de fora. se houvesse supermercado de homens, estaria entre os artigos defeituosos a 99 cêntimos com oferta de baton para o cieiro, três pares de collants e um kit de sobrevivência, só para ver se desamparava a loja. e mesmo assim, hoje as prateleiras pareciam-lhe todas vazias, como se o mundo ainda não se tivesse apercebido que nenhum outro trazia incluído a perfeição daquela vontade irresistível de pele ou do quase imaginável perfeito sabor daqueles lábios. arriscaria?
3 comments:
Gostava de perceber porque é que a minha resposta a este post foi parar ao anterior... eStARei A FIcar XONÉ!??!??
dito assim eu arriscaria...
:D que bonitooo :)
» Enviar um comentário