E é fogo...
Nem sempre me incendeiam o acordar das ervas e a estrela despenhada de sua órbita viva.
- Porém, tu sempre me incendeias.
Então sento-me à tua mesa. Porque é de ti que me vem o fogo.
- Porém, tu sempre me incendeias.
Então sento-me à tua mesa. Porque é de ti que me vem o fogo.
E em ti principiam o mar e o mundo.
- Para consagração da noite erguerei um violino, beijarei tuas mãos fecundas, e à madrugada darei minha voz confundida com a tua.
- Começa o tempo onde se une a vida à nossa vida breve.
Devo murmurar cada coisa do mundo até que sejas o incêndio da minha voz.
Por isso é que estamos morrendo na boca um do outro.
Beijarei em ti a vida enorme, e em cada espasmo eu morrerei contigo.
adaptação livre, à minha maneira, do poema O Amor em visita, de Herberto Helder
Simplesmente Brutal!
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